quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Barcas do Inferno

Vem... venha correndo
Ver o fim do sol como nós o conhecemos.
Venha ver o fim do mundo.
O Céu e o Inferno em duelo final...
Venha nos ver correr pela estrada de terra na fazenda.

Vem correndo como jamais imaginou.
Peça que alguém o acompanhe.
Correr sozinho já é difícil.

Corra e pense,
Não pare um segundo sequer pela estrada.
Descansar, para quê?

Já estamos chegando a um local desconhecido pela humanidade.
Há duas barcas. A do Inferno e a do Céu.
A do Céu sempre estará vazia ou com poucos.
Ninguém é digno dela.
Diferente a do Inferno, no qual embarcam advogados, agiotas, delegados, reis, ditadores, pastores de má fé, prostitutas.

Muitos lotam a barca.
Viemos de tão longe para embarcarmos na barca do inferno.
E não há outra salvação. Há tão pouca esperança nos olhos dos tripulantes.
Olhos negros. De todos eles.
Inclusive a do Diabo.

Ele nos olha por instantes, sorri e nos convida para o embarque.
Como ele é gentil... Até a hora que chegarmos ao Inferno.

Nenhum comentário: